Alguns clássicos ficam parados no tempo, outros são tão carismáticos que acabam sendo reinventados. É o caso da Romi-Isetta, que está renascendo em uma versão elétrica na Europa.
O novo modelo chamado de Microlino recebeu em julho a homologação na Europa, ou seja, cumpriu todas os requisitos de segurança para ser vendido no continente.
A fabricante espera ter as primeiras unidades em setembro para testes com usuários, antes de começar a produção do modelo final em dezembro.
As entregas começarão na Suíça e devem se expandir para outros países europeus no próximo ano.
Mas se levar em consideração o preço, o Microlino não tem nada de “popular”. Os valores começam em 12 mil euros (cerca de R$ 54 mil).
Com mais de 500 kg, o carrinho será um pouco mais pesado que a Romi-Isetta feita no Brasil, que tinha 350 kg.
A versão moderna também é um pouco maior, com 2,43 metros de comprimento, contra 2,28 m do ícone dos anos 1960. O porta-malas agora leva até 300 litros.
No lugar do motor a combustão entra uma bateria que é capaz de movimentar o Microlino por até 126 km com uma carga na versão mais básica e 202 km na maior.
Segundo a fabricante, o Microlino acelera de 0 a 50 km/h em 5 segundos e pode atingir até 90 km/h.
A história
A Romi-Isetta era para apenas dois ocupantes e tinha como objetivo atender às necessidades da população europeia, que buscava se reerguer após a Segunda Guerra Mundial.
Pequeno e com um motor que fazia até 25 km/l de combustível, ele era tudo o que italianos, franceses, espanhóis e alemães podiam comprar além das bicicletas e das motonetas.
Entre os anos de 1956 e 1961, foram fabricadas cerca de 3 mil unidades do carrinho em um galpão de 25 mil m² das Indústrias Romi, em São Paulo.