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sexta-feira 26 abril 2024 10:32:24
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Por qual motivo não informamos estimativas de preço dos reparos?

Explicamos nessa matéria os motivos de não informar estimativas de reparos sem ter o produto em bancada e sem uma analise

Olá, Estive um pouco sumido e pouco tenho escrito aqui no site pois no momento passo por um bloqueio criativo, sem dizer a falta de novidades no ramo que complica ainda mais.

Mas ultimamente tenho percebido uma certa resistência de alguns clientes em entenderem uma regra básica que tivemos que implementar aqui, é não informar preços e ou estimativas sem que o produto esteja em bancada.

Para que eu possa explicar vou dividir esse assunto em duas partes, experiência e legislação. As duas estão interligadas mas começo com a experiência.

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Experiência

Alguns anos atrás um “cliente” entrou em contato interessado no reparo de sua central multimídia, passei algumas informações e nela o valor mínimo e máximo do conserto. Sem me atentar, criei uma prova contra mim mesmo pois o reparo daquele produto ficará muito maior.

Foi lógico, após uma breve discussão, o cliente não aceitou e me forçou a fazer o reparo pelo valor máximo anteriormente informado.

Como exemplo e só para entenderem melhor, foi algo que informei que ficaria entre 200 a 300 e o reparo ficaria 900 reais. Com 300 reais eu não conseguiria comprar nem os componentes para reparo daquele aparelho.

Por fim, comprei um aparelho novo para ele, transferi a garantia para a empresa e me livrei desse problema.

Legislação

Muitos não vão entender mas a legislação defende e coloca o consumidor em uma vantagem muito superior ao empresário. Só que essa mesma legislação não diferencia o dono da Volkswagen com o micro empreendedor Reiaudio, somos “iguais”.

Isso traz um problema grande, no caso do exemplo “Experiência“, se o cliente me acionasse juridicamente, mesmo eu tendo RAZÃO, sairia mais caro pois teria que constituir advogado para provar, logo, conseguir uma solução me poupa mais dinheiro.

O CDC (Código de Defesa do Consumidor) é um avanço na defesa do consumidor mas da mesma forma que temos golpistas como empresários, temos também pessoas travestidas de clientes que se aproveitam desta frágil legislação.

Sempre que tenho a oportunidade faço uma certa propaganda do que eu acho justo, de que as partes possam constituir um contrato livremente e que ninguém é obrigado a aceita-los. Claro, sem que haja exageros ou clausulas “sujas”. Mas o CDC (Código de Defesa do Consumidor) impede tudo isso, logo, temos que tomar alguns cuidados para minimizar os prejuízos.

Muitos acham que não passo preços devido a concorrência, sinto em dizer que estão completamente errados. Todos os valores não levam em conta nenhum valor de mercado e sim compostos por mão de obra, matéria prima e peças, simples como tem que ser.

Só para ilustrar esse ultimo caso, lembrei de um “cliente” que não enviou o produto por achar um absurdo eu não passar valores, me destratou no whatsapp e preferiu comprar a peça e levar a outro técnico (tem todo o direito). Mal sabe que ele, comprou a peça 60% mais caro que o reparo completo aqui e ele ainda arcou com a Mão de Obra do colega técnico, que esse me ligou pra saber como proceder (foi assim que eu descobri rsrsrs).

Entendo que para muitas pessoas se torna inviável não ter essa referência de preços para envios de produtos, entendo e respeito mas da mesma forma temos que tomar um imenso cuidado pois, como o exemplo acima, não temos o corpo jurídico da Volkswagen para nos defender, logo, criamos burocracias.

E não se preocupem, a quantidade de consumidores “perdidos” é ínfima perto da quantidade de clientes que respeitam nossas regras e confiam em nossos serviços. O intuito do post é facilitar a explicação, agora só envio um link (rsrs).

Reinaldo Soares
Reinaldo Soareshttps://reiaudio.com.br
Técnico automotivo e eletrônico, Consultor. Mais de 25 anos de experiência no ramo de som e acessórios automotivos. Já restaurei a elétrica de carros antigos, customizei motos mas minha paixão é mesmo eletrônica.
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